É uma personagem de história em quadrinhos, estruturada para
uma futura série de TV, que tem como objetivo narrar os principais dilemas
enfrentados pelas pessoas normais que trabalham, pagam os impostos que deveriam
ser investidos na melhor qualidade de vida da população, para que pudessem ter
assistência médica adequada no momento em que necessitassem, transporte com o
mínimo de conforto para ir e vir do trabalho, segurança para poder andar nas
ruas sem serem molestadas por bandidos, educação de qualidade, entre outros
tópicos importantes que fazem parte da vida moderna. No entanto, isso não
acontece.
Por esse motivo, essa trabalhadora inconformada com a
situação, parte para a ação na defesa dos menos favorecidos, enfrentando
figuras poderosas que dominam o cenário do poder.
Essas figuras poderosas, são os políticos que se apropriam
do erário para enriquecerem -se cada vez mais tirando da população as condições
mínimas exigidas para uma vida digna.
Ignoram os anseios do povo, abusando de sua paciência,
tirando proveito da pobreza para criar programas sociais que só causam mais
problemas, retomando a política do patriarcado, que se caracterizou como “voto
de cabresto”, termo usado no tempo dos coronéis, com o objetivo de ganhar as
eleições e depois de eleitos, deixam as pessoas a mercê do próprio destino.
De alguma forma, ela percebe uma relação muito estreita,
entre o que aconteceu no passado e o que está acontecendo nos dias atuais, como
o controle dos meios de comunicação, onde as notícias são usadas para manipular
a opinião pública encobrindo suas falácias, manipulando e publicando apenas o
que é de seu interesse, com o objetivo de perpetuarem-se no poder e confundir a
opinião pública.
Nossa personagem conhece esse jogo do poder constituído e
luta para combater esse mal que assola a nação.
Por que uma mulata?
Primeiro, para homenagear e valorizar a força feminina. A
mulher hoje, trabalha, participa social e politicamente da vida do País, muitas
criam os filhos sozinhas, é considerada como sexo frágil, talvez por essa
razão, mas, não só, muitas são violentadas e não tem a quem recorrer.
É inegável seu envolvimento e atuação cada vez maior nesse mundo,
aparentemente dominado pelos homens.
Segundo, mostrar que a raça é humana, e não pode haver
discriminação quanto a cor. Valorizar a cultura negra, sua religião e toda a
sua contribuição na formação da sociedade.
Terceiro, inserir a personagem no meio de situações
conflitantes e discutir o ponto de equilíbrio entre o que é certo e o que é
errado, os exageros, o radicalismo, as questões polêmicas, falar principalmente
dos políticos e também das pessoas que vivem “em cima do muro” que procuram
nunca se comprometer e assim permanecerem conforme as condições mudam.
Por ela não fazer parte do grupo dos considerados brancos,
nem pertencer a raça negra, poderá ser discriminada por ambos grupos realçando
o problema do preconceito tão em moda atualmente.
Quarto, o Brasil é reconhecidamente o País do samba e do
carnaval, no entanto, acredito que, pelos resultados futebolísticos que tem
apresentado ultimamente, deixou de ser o País do futebol há muito tempo. E no
centro das atenções, encontra-se a mulata com seu rebolado, esbanjando saúde e
vitalidade, se tornou o arquétipo de exportação e exploração da mulher
brasileira, com os famosos shows espalhados pelo mundo afora, consagrados pelo
saudoso (falecido) Oswaldo Sargentelli. Portanto, é uma verdadeira personagem
“Made in Brazil”.
Quinto, mostrar as
outras facetas do Brasil, enaltecendo sua fauna, flora, suas riquezas minerais
e apontar o quanto a globalização unifica o pensamento dos povos, mostrando não
só o lado bonito, turístico, mas, o dia a dia de qualquer ser humano em sua
luta pela sobrevivência, independentemente de sua localização geográfica.
Sexto, apresentar os sentimentos, aspirações, desejos e
problemas, seja aqui (no Brasil) ou no seu País de origem, como fatores
universais. Todos passam pelos mesmo dilemas e o inimigo é o mesmo, praticando
as mesmas atrocidades contra todos os cidadãos que só querem viver e trabalhar
em paz.
O momento histórico,
econômico e político em que a personagem está inserida
Como os serviços
públicos deixam a desejar, ou melhor, não atendem a demanda da população, os
problemas se tornam inevitáveis, provocando o sofrimento de quem precisa deles.
Nos hospitais faltam médicos, leitos, medicamentos, o transporte é péssimo, as
pessoas se amontoam dentro de ônibus que demoram a passar, são assaltadas e
mortas em plena luz do dia, suas casas invadidas, o preço da energia elétrica
elevadíssimo, por falta de investimento, começa a faltar água, os combustíveis cada
vez mais caros, bens de consumo como carro e computadores que deveriam custar
um valor “X”, devido aos altos impostos, custam até três vezes mais, criam Leis
desnecessárias que oneram ainda mais o
bolso dos trabalhadores obrigando por exemplo os usuários de veículos a comprarem
e portar Kit de primeiros socorros sem que eles saibam usar, extintores de
incêndio modernos que mesmo um bombeiro treinado para isso num ambiente
controlado, não consegue apagar o fogo com ele e depois de um tempo obrigando
todo o País a portar essas inutilidades, multando quem está sem, decidem de uma
hora para outra que nada disso é mais necessário, como se essas medidas não
tivessem consequências na vida das pessoas. Percebendo o descaso com que esses
políticos os tratam, as pessoas começaram a reclamar e questionar suas ações,
ficando mais reticentes e intolerantes com a administração pública.
Grupos revoltados com a incompetência do governo começam a
manifestar o desagrado e usam as redes sociais para denunciar os erros do
governo.
Em meio a tantas denúncias, vem à tona o maior escândalo de
corrupção que o Brasil já teve, envolvendo a maioria dos nossos políticos.
Começa aí a luta de uma minoria, na tentativa de
moralizar os desmandos do poder constituído.
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